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Anjo a lêr Anjo a lêr
Overdoses de Amor na Cidade, no campo em qualquer lugar, onde duas almas se encontrem. Neste mundo em que muito se fala e pouco se pratica, mais um "desalinhado" do sistema abre um local onde se possa falar do que mais faz falta neste mundo: O Amor.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Sexo, mentiras e vídeo... 

Se existe uma coisa que pessoalmente odeio é a mentira.
Outra que verdadeiramente abomino é o roubar o trabalho dos outros.

Estas duas singelas frases servem de mote não à meditação de ideias de hoje mas, infelizmente à realidade dos factos que se vivem neste país á beira-mar plantado.

“Sexo, mentiras e vídeo” é uma ficção cada vez mais tornada realidade e por mais incrível que pareça, cada vez mais praticada por aqueles que TEÓRICAMENTE deveriam ser os bons exemplos para a nação.

Antigamente era sobre o Rei e a Igreja que se concentrava o exemplo (ou não) do que deveria ser a moral e a idoneidade de uma nação.
Com o florescer da Republica essa responsabilidade caiu sobre os seus representantes: os políticos.
Ora, como sempre e desde sempre, a corrupção, a mentira e a troca de influencias sempre deflagraram por todos os locais onde se possa existir um cheirinho a poder...
Como não podia deixar de ser, no nosso país de brandos costumes, o mesmo acontece e infelizmente à medida que o tempo passa aumenta cada vez mais...
Bom, sabes tu e sei eu, pois não é conversa nova, mas já lá chegamos...
Que a nossa classe política nos últimos anos se tem tornado cada vez mais podre e descarada, lá isso é verdade!
Mas felizmente existem excepções!
Vou vos contar o caso da minha freguesia (S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, distrito de Lisboa), porque é um caso real e como eu lá vivo à 37 anos desde que nasci (em Lisboa), certamente conheço as suas realidades e a sua evolução ao longo dos tempos...
Durante muito tempo a minha freguesia foi uma terra de ninguém, um magnifico reduto da CDU até ao dia que um dado homem tomou os destinos da mesma freguesia: o Manuel Mendes. Militante e político do PS, foi uma pessoa que raro de encontrar no seu meio (político), prometeu e... cumpriu!
Pouco a pouco, ora com ventos a favor (quando Cascais era PS) ora com bons ventos contra (quando o PSD estava em Cascais), lá mudou a face de toda a freguesia.
E o trabalho não foi pouco, pois a minha irmã que estava nos EUA a alguns anos, quando veio ao funeral do meu pai (à cerca de 3 anos), não reconheceu a terra onde nasceu e viveu mais de 20 anos...

Não posso deixar de dar louvores a este homem simples, o Manuel Mendes, que sempre disposto a ouvir os seus fregueses (dai vem o termo de freguesia), qualquer dia da semana, com todos se preocupa por igual e é o primeiro a mostrar na linha da frente que se trabalha e não se manda trabalhar.

Tive o prazer de o conhecer à vários anos e até hoje não me desiludiu, mas adiante...

Nas últimas autarticas, com a vontade do povo de mudar de um governo PS para um PSD, das freguesias do concelho de Cascais, a que se aguentou por uma unha negra com o PS foi S. Domingos de Rana.
Foi uma facada nas costas de uma pessoa que sempre deu o corpo pela terra onde vive.
Mas acham que desistiu?
Não, continuou de mangas arregaçadas, aceitou a vontade do povo e continuou a trabalhar.
E assim continuou nestes últimos quatro anos.
Nessa altura fui ver a tomada de posse das forças políticas da junta de freguesia e via os bem engravatados PSD e CDS, que apesar de não serem maioria, estavam lá todos à procura de um tacho, pois havia quem se tivesse despedido para ir ganhar o ordenado oficial de vereadores da junta. Mas como bons políticos que são não conhecem a tradição da junta... é que o único que ganha ordenado é o Presidente da junta (pois esta a tempo inteiro) e os ordenados dos vereadores é aplicadinho nas obras da junta... lá se foi o tacho! O que eu me ri...
Passado um ano ou dois perguntei a um amigo e político como andavam as reuniões municipais da junta (são semanais e abertas ao povo) e como andavam os vereadores (do PSD e CDS)elegidos pelo povo, ele me respondeu: “Nunca mais lá apareceram...”

Apesar da camera de Cascais (PSD) estar falida, as obras da junta lá foram prosseguindo, pouco a pouco e ao sabor da crise que o último governo nos ofertou... mas não pararam.
Ganhamos um Biblioteca municipal, selagem do aterro da lixeira de Trajouce e por ai adiante...

Mas fora “a conversa política”, chegamos ao primeiro âmago da questão: se um vereador é elegido pelo povo para cumprir uma dada missão, È PARA CUMPRIR NA SUA PLENITUDE E NÃO EM BUSCA DO ORDENADO DE UM NOVO TACHO!

Sim, foi a gritar, pois a gritar se liberta a alma...

Mas os acontecimentos não param por aqui.
Estamos em campanha eleitoral e como tal gosto de ver o que as diversas forças políticas nos presenteiam.

Ontem foi a vez da coligação PSD/CDS “Viva Cascais” deixar o seu panfleto eleitoral na minha caixa postal.

A tensão... O TERROR.. A VERGONHA DE SER PORTUGUÊS... se apoderaram de mim ao ler o panfleto desses senhores...
Resumindo: os Srs. António Capucho, António Pires de Lima e Fernando Mesquita TOMAM POSSE COMO SENDO SEU de todo o trabalho efectuado durante estes últimos QUATRO anos pelo Manuel Mendes!!!!!

Não aparecem, dificultam a vida e as obras e depois de o trabalho estar feito... DIZEM QUE É DELES?!??!?!?!??!?!?

Digo-vos... se não visse NÃO ACREDITAVA!!!!!

Ao ponto que isto chegou!
Onde chega a sede de poder destes abutres...

Caro munícipe e vizinho Manuel Mendes, nem que eu esteja chateado com o partido a que pertences, só pelas provas que já deste em termos de dedicação e trabalho, vou votar de novo em ti.

Quanto aos outros três senhores: roubar é crime. Tomar posse do que não se fez maior crime é. Não tendes vergonha? É essa a vossa ideologia? São essas as promessas que fazeis?
Votar em vocês?...

“Ide trabalhar malandros!...”

Era bom que o povo soubesse abrir os olhos e não se afogar no imediatismo que abutres como estes fazem.
É por isso que este país anda como está: ninguém pára para pensar, ninguém olha com olhos de ver e todos gostam de modas... mas quando as modas ganham, o Zé Povinho aperta mais um pouco o cinto...

Não foi assim que se perdeu as riquezas obtidas pelas descobertas?...
A história repete-se e já ouço pelas esquinas algo que ainda me escandaliza mas que me deixa a pensar, o regresso de um Salazar, comparado com o desejo do retorno de D. Sebastião.

Mas sempre afinal quem é que abriu as portas do Júlio de Matos e permitiu que os loucos exercessem política?...


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quinta-feira, setembro 08, 2005

Quero... 

Quero Amar sem pedir perdão.
Sonhar sem pedir permissão.
Voar sem ter asas.
Respeitar sem ser obrigado...

Encontrar sem procurar.
Louvar apenas com o olhar.
Beber apenas com o sorrir.
Correr por pura alegria.

Dar sem me pedirem.
Surpreender sem temer.
Brincar sem barreiras.
Partilhar como quem respira...

Desejo que todos tenham pão em abundância...
... e um teto para viver...
... alguém para partilhar ...
... que um dia se pergunte: que significa a tristeza?

É tão fácil partilhar...
Doar...
Repartir...
Comungar...

Porque complicamos?
Porque construímos muros e barreiras?
Porque tememos a entrega?
Porque tememos o Amor?...


Avatar, 2005-09-08

“Sonhar é bom, melhor seria tornar o Sonho realidade...”


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Oriente 

O teu olhar me encanta
Teu perfume proibido me inebria
A tua suavidade me eleva...

Sinto o mistério do teu respirar
O sonhar do teu olhar
O segredo dos teus pensamentos...

A tua entrega me faz doar
O teu gesto me faz respirar
Aspiro o teu cantar...

Suavemente no embrenhamos
Numa felicidade proibida
Mesclamos o nosso odor...

Pensamentos se fundem
Aquece a alma
Ao recordar...

Perfumes
Aromas
As flores...

As lendas de Amor
As entregas sem pudor
A doação total...

Oriente misterioso
Sensível e carinhoso
Em que cada sentido é rei e senhor...

Suavemente me perco em ti
Inebriando-me no teu olhar longínquo
Sonhando um dia...
... te poder Visitar!


Avatar, 2005-09-08

“O Oriente sempre me fascinou pela cultura e pela sua beleza.
Um dia quem sabe o visitarei...”


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Apita o comboio... 

Hoje em dia a lei básica assumida por tudo o que se mexe e se diz intel&gente é a do “Apita o comboio...”.
Ora senão vejamos...
Apita o comboio da moda, lá vai tudo se vestir à moda com os últimos apetrechos, dispendiosos e tão bem manufacturados que nem algum prémio ganhariam num concurso de trabalhos manuais de alunos da 2ª classe.
Apita o comboio de que uma criança morre de maus tratos, lá vem no dia a seguir todos os jornais e departamentos de noticias a imitar o jornal “O Crime” com a colectânea de todas as crianças maltratadas, abusadas, etc., com a adição de estudos interessantíssimos do género “A mortalidade infantil decresceu em Portugal”.
Já parece que se quer justificar que nem tudo é tão mau como se parece ou que ditou-se ontem que apartir de agora é que existem crianças maltratadas e abusadas...

Ainda hoje alguém me perguntava: “Quando recomeça o julgamento da Casa Pia?”, a minha resposta foi mais que pronta: “Quando aparecer outro escândalo no Governo.”

Pois é. Aqui neste doce país à beira-mar plantado só se faz alguma coisa ao compasso dos escândalos... senão vejamos:
- Arde o país todo, vai-se criar uma prevenção anual e comprar meios aéreos e afins;
- Não existem médicos, toca a contratar estrangeiros;
- Morre uma criança por maus tratos, ai vêm as listas negras, os relatórios e afins...
Querem mais?
Não será que isto não para?
Não se sabe o que é precaver... está mais que visto!
Sempre afinal é mais interessante organizar grandes repastos e festas inacessíveis aos cidadãos de média e baixa categoria que pensar no Zé Povinho que anda a alimentar esta corja de abutres!
Sempre afinal... para que queremos grandes planos de prevenções se vão usar o terrenos queimados para novas habitações e o que resta por arder já quase não existe?
Porque não baixam o raio das médias de Medicina ou simplesmente chumbam os finalistas devido a algum prazer mórbido de um catedrático cuja a cultura se apenas resume ao tribalismo existencial e cujo os juramentos que fez não passam de fariseismos baratos?
Depois admiram-se que as empresas andem a falir, que o país ande de tanga e continuemos a descer na tabela dos países mais pobres da Europa?
Então todos essa corja que se diz doutorada e tem os mais importantes cargos de direcção e gestão (sem falar nos milionários ordenados que recebe) nos mete cada vez mais pobres e nos vende ao retalho por quem der mais... e querem que continuemos a acreditar neles e ainda por cima mais regalias?
Cá por mim deviam pôr este slogan turístico nos aeroportos: “Pais em leilão, leve o que quiser e com ajudas de custo a fundo perdido pelo lance mais alto.”.
Parece estúpido? Não é!
Se eu por exemplo registar uma empresa num dos paraísos fiscais de nuestros hermanos ou mesmo abrir lá uma empresa e depois vier ao nosso amado país abrir uma filial cá, sou repleto por deliciosos investimentos a fundo perdido, MAS se registar cá e pretender cá abrir um localzinho de negócio sou imediatamente afundado e preso a tanta divida que em vez de trabalhar para enriquecer, trabalho para alimentar os luxos governamentais e a “curar” o défice politico...
Existe compreensão nisto?
“Abram empresas! Mas depois paguem (milionáriamente) por conta dos lucros que ainda não tiveram e que nós imaginamos que vocês terão (e que nunca irão ter)!”, este é o verdadeiro slogan oculto das nossas finanças...
Apropriado não acham?
Sim estamos mal, com défices e falta de dinheiro... ups!???!?!?!? Falta de dinheiro? Mas falta de dinheiro em quem e porque?
Com que atitude moral vem estes nossos queridos, amados (é melhor eu não dizer como e por quem...) obter chorudas reformas, receber mais que um ordenado (milionário) e depois dizer que o Zé Povinho é que paga a conta e o seu sustento?

O nosso passarinho Barrosinho conseguiu inventar uma bem boa (para os bolsos dos seus amigos) antes de fugir para a Presidência da Europa (Deus nos valha...), um maravilhoso imposto (andam a aprender com o Brasil em que só falta cobrar pelos peidos que se dá), chamado de “Taxa de transmissão”. Ou seja, tudo o que usa ligações de telecomunicações fixas (telefone, Internet, etc.) passa a pagar uma taxa municipal aplicada (veja, bem isto) ao TOTAL cobrado pelos satélites da mamãe TELECOM.
Ou seja, a malta até poupa nas ligações porque a vida está cara, temos as telecomunicações mais caras da Europa (quiçá do mundo) e toca a roubar mais um bocado ao Zé Povinho!!!!
No final podemos até cantar assim: “Cobra, cobra, cobra ó meu amor, pois o Ferrari que compraste ontem já está gastadinho e precisas de um novo para ires passear as meninas (ups, meninos) que tanto amas...”.

Já me dizia um conhecido este último fim de semana: “Estamos piores que no tempo do Salazar, pois nesse tempo não podíamos falar MAS éramos ouvidos, enquanto agora podemos falar MAS não somos escutados...”.

Já agora valia apena pensar nisto...


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terça-feira, setembro 06, 2005

Final de tarde 

A tarde se finda
Pela janela as cores esmorecem
O sol se esconde
Depois de mais um dia agitado...

Conto os segundos para a liberdade
De largar o trabalho
Buscar o regresso
Nesta cidade agitada...

Os carros passam velozmente
Sempre apressados
Sempre fumarentos
Sigo devagar...

Quero sentir na pele o descanso da luz
No pelo o luar que desponta
Nos olhos o brilho das luzes
Que acordam devagar...

As pessoas correm apressadas
Como se do Diabo fugissem
O transporte por apanhar
O jantar por fazer...

Sorrio...
De manhã vieram a correr
Desesperadas e querendo ser os primeiros a chegar...
Agora?...

Parte desesperados....
Novamente atrasados
Cansados e esgotados...
Querem ser os primeiros de novo a sair

Sorrio de novo
Nem perceberam a dualidade
A casualidade
A contrariedade...

Lar doce lar
Calma e alento de quem labuta
O último reduto
Da liberdade que não existe...
O desespero se sente no ar
Já passou a hora de ponta
Sente-se a tristeza dos últimos...
Mais um dia que finda...

São como conta-gotas
Gerados em vazio em que nada fica
Cada dia que passa
Cada desgaste inútil

O fim de tudo será o mesmo
Mas mesmo assim se desesperam
Por um lugarzito melhor
Por um momento mais doce
Que tarda a vir...

Em casa as crianças choram
Sai-se do stress do trabalho
Recebe-se o stess da família...
... de braço abertos, é o Lar.

Olhos cansados olham a TV
Ouvidos cantam a ladainha das noticias
Sempre afinal as desgraças...
...só mudaram de actor!

Gemesse a novela que tarda
Entrecortada por anúncios infindáveis
Amores perdidos e impossíveis
Numa sociedade irreal que se diz racionalizada...

Se houver coragem se continua
A gastar o tempo do falar e partilhar
Em volta de um aparelho
Que nos mostra o mundo real:
Sexo e violência gratuitos...

É assim o final da tarde...
Em que um ou dois corpos cansados
Esquecem o tributo de quem ama
E a partilha quem um dia fez uma falsa jura de Amor...

Avatar, 2005-09-06

“Mais ou menos, com ou mais, a rotina nos desgasta e nos faz esquecer o básico:
Nascemos para viver e não para sermos escravos do nada...”


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O país da Alta Velocidade... 

Cada vez compreendo menos esta malta... este ser português em terra Lusa...
Comecemos pela grande desgraça da fogueirinha à beira-mar plantada...
É queimas a torto a direito, o pais parece um assadoro nacional onde as boas vontades lá se queimam à mistura de uma floresta que poucos querem porque as habitações que lá se vão criar geram maior e mais distinto lucro. Sempre afinal ar existe em abundância e o famoso pulmão fica lá pós lados de uma tal de Amazónia situada num pais que por ser abaixo do equador não contém pecado...

A discrepância existente entre famosos relatórios que ninguém lê, a serviços de coordenação que não existem, pois os tachos já estão bem distribuídos e os lobbys tem de ser bem pagos, originaram este espectáculo dantesco de tanta cinza espalhada e com o nobre Zé Povinho a pagar facturas de solidariedade para com as vitimas que com sem casa ficaram...
Eu cá tinha solução (i)lógica para o assunto: quem coordenou mal é que pague a factura. Sempre afinal para que quer essas contas gigantescas lá colocadas nos Off-Shores e na Suiça se depois de ir para a cova não leva nem um tostão com eles?

Mas na morte não se pensa. É assunto que acontece aos outros embora que se esqueça com facilidade que só existe um motivo para morrer: o facto de estar vivo.
Sempre afinal se o casamento é o grande causador de divórcios, o estar vivo é decerto o grande causador de óbitos. E venha o primeiro a comprovar-me o contrário que o Zéca da funerária tem lá uma última morada, modelo de luxo e a preço de ouro, para o desafiador...

Isto do negócio da morte também tem muito que se lhe diga...
Já não percebo se é mesmo o negócio da morte quando as ditas funerárias dizem que o negócio está pela hora da morte, morto e bem morto... bom, com tantos óbitos ou a concorrência é grande ou andam para ai algumas valas comuns sem conhecimento publico. Mas na realidade acho que o problema subsiste em que já não podem comprar aquele Mercedes XPTO de tracção traseira melhorada, não vá o morto sentir os doces buraquinhos que a falta de orçamento municipal deixou abertos para assim dar uma assistência nova ao desemprego e falta de trabalho que grassa as nossas oficinas mecânicas...
Fez-me lembrar os negócios do Hospital de Faro. A situação de que já que o morto não pode levar o carcanhol para a cova, ao menos se esvazie também os bolsos da família para satisfazer os abutres funerários.
Bem vistas as coisas, o preço que se paga por meia dúzia de tábuas pintadas com verniz de baixíssima qualidade e paninhos pregados a lembrar almofadinhas que não existem (estou ainda para ver o primeiro morto a se levantar e queixar-se da qualidade do “colchão”) ainda se considera pouco depois de além aliviar a família do peso do morto ainda se a sobrecarrega com uma pequena dose de dividas...
Por favor, já que vou para o “buraco” não quero nem uma tábua desses abutres, sempre afinal pagar por algo que vai apodrecer e desfazer-se em menos de 5 anos!?!??!?! Mais vale dar o dinheiro a quem passa fome...
Não se pode dizer que uma funerária não seja um emprego de futuro, sempre afinal clientes não falta. Quer dizer, até vai faltar, pois com as taxas de natalidade a descer a pique... vai faltar matéria prima para o negócio, ou se vai!
Por acaso, e enquanto houver quem respire, sempre será um emprego com futuro... e que deveria ser recomendado nos institutos de emprego para abertura de negócio, não acham?
Sim, sempre afinal todos os outros negócios servem para quê?
Televisões privadas, empresas nacionais, bancos, electricidade, telefones, etc. são todos vendidos ao exterior.
Sempre afinal para que interessa gerar lucros que fiquem cá? Já somos todos podres de ricos não é?
Todos os lucros tem é de ir para as mãos dos Espanhóis, Alemães, Franceses, etc. Sim esses é que sabem gerir a massa, não é os mentecaptos dos Srs. Directores que tem que satisfazer accionistas (mais propriamente o seu bolso, senão não detinham a maioria do chamada capital social da empresa), com o sangue e suor de quem trabalha.
Mas não se preocupem. Quando se acabar a massa por desemprego e falta de trabalho, cometemos todos suicídio colectivo. Ai o doce negócio das funerárias (empresas com futuro, isto enquanto não existir para ai um franchesing ou multinacional que as açambarque todas...), vai florescer que nem flores na primavera. E os que sobrarem que paguem a factura.
A estupidez humana me transcende.
Todos choramos, refilamos, protestamos mas que seja o outro a fazer o que tem que ser feito.
Valerá apena?
Já conseguimos o que queríamos?
Passamos uma vida a juntar toneladas de lixo material para irmos para um buraco de terra dentro de meia dúzia tábuas coladas por verniz e deixando como herança as nossas contas bancarias nas funerárias.
Sim, trabalhemos para as funerárias, sempre afinal fazem um dever cívico e obrigatório: despejarem-nos para o buraquinho e se possível ainda reaproveitar o caixão (aqui já entramos noutro nível de conversa, mas deixemos isso para outro dia....).

E assim e foi das fogueiras nacionais aos sete palmos de terra num pequeno ápice...
Parece que não mas tem muito a haver em comum.
Em muitas sociedades não se enterra, crema-se.
A Nossa sociedadezita (que esta quase a tornar-se uma nobre província Espanhola e sem Filipes à mistura), esta moribunda.
Já se lançam cinzas para a sepultura que este assadoro à beira-mar se tornou.

Quando eu morrer, não gastem com a funerária nem com flores. Peguem nessa massa que iam dar aos abutres e façam o favor de me matar a fome aqueles que mendigam uma côdea de pão na rua. Esses decerto não terão direito a funeral, nem a caixão bonito. Sempre afinal não têm contas bancarias a esvaziar...


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Algo me diz... 

... que os donos da casa andaram a mexer no template e...

As mensagens ficam com uma belissima zona vazia...

Já não existem condições pois!!!!!

Vamos lá ver se este ficou ou percorreu mais uns Kms de distância até ao fundo da janelinha...


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O circulo da vida... 

Existem coisas que acontecem que ninguém espera... nem eu.Nos últimos dias tenho atravessado "algum deserto" pessoal, que procuro, como sempre, que não influencie quem me rodeia, especialmente os amigos e todos os que de uma maneira ou de outra precisam de mim, pois quer gostemos ou não, sempre precisamos uns dos outros.

Mas ontem bati mais fundo, pensei e desesperei... o normal de quando já dificilmente consegue encontrar soluções visiveis para problemas mais sensiveis ainda...

Mas a meio da noite algo de especial aconteceu.Erá para ai umas 3h e picos e já estava para fechar os PC's e a dizer chega de trabalhari e vamos lá descançar pistana que apartir das 8h
temos festa rija de novo, quando no portatil uma velha amiga pôs o desgraçado em alvoroço via MSN.Isto de programas moderninos com psicadelicas e sons é outra musica, eram beijos sonoros, eram reverencias (ai desconfiei...), eram balões de agua (há... agora sim...), e troca a trocar cumprimentos. Isto das amizades é assim. O povo quando se vê, seja um dia depois ou uma data de tempo, a dose de cumprimentos é sempre brutal. Vira-se esta maninha para mim e diz assim: "Olha tenho uma surpreza para ti!" e eu pensei cá com os meus botões "Finalmente vai casar!!!!!" Engano brutal, a surpresa era melhor ainda! De repente abre mais uma janelinha com um nome comum e com ela ao mesmo tempo (multiconferencia via Internet, o que não inventam O:-) )...Mas ao ver esse nome comum... algo bate no coração e penso é ela! Raio de mana! Nunca consegue ocultar os pensamentos mesmo a cerca de 100Km de distância!

E era mesmo... a minha doce afilhadinha do Brasil!!!!!Fazia anos que não falava com ela e as saudades que tinha dela...Bom, lá se foi até às 5h a matar saudades de uma querida e doce amiga que já pensava ter perdido o contacto...
Sim, porque existem pessoas que nos marcam na vida.Existem aquelas longas conversas e confessares de alma pela noite adentro que nunca se esquecem...Aquele crescer da amizade que deixa laços que nunca se partem e nunca se quebram, apesar da distancia, da diferença de idades e de todos os factores psico-sociais com que a sociedade nos presenta a modo de nunca nos prender-mos...

Foi um baque e um renascer na alma.
Foi o reencontrar o inicio do circulo da vida no qual giramos e nos reencontramos, o que contraria a ideia de ser sempre uma linha continua sem ciclo nem fim...

Obrigado querida afilhadinha por não te teres esquecido de mim. Eu também nunca te esqueci :)


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Salta 

Salta
Salta e corre
Corre e salta...

Bola que corre
De pé em pé
De mão em mão...

Corres percursos calculados
Por sonhos frustrados
Interrompidos por outros
Jogadores que te tocam...

Desejas o caminho
E não te largam
És como a vida...

Influenciada por toques
Tabelas e retoques
Saltas e corres...

E no salto voas...
No correr atravessas
No toque aleijas...

Tal como a vida que te devora...
Te toca e consome...
Da sociedade que te deseja
Te despreza e te devora...

No fim
Já desgastada
Explodes...

Ninguém vai ao teu funeral...

Avatar, 2005-09-05

“ A vida é uma bola, cada um é uma bola num campo de futebol em que outras tantas bolas correm em busca de um Gol de felicidade que nunca acontece...”


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Não perguntem como... 

Mas o certo é que consegui aqui aceder de onde estou O:-)

Depois de tanto tempo "abandonado" e cheio de pó será que alguém ainda cá vem visitar?

Parede que fui descoberto por alguém que prezo muito...

Já se segue, se seguir, algo mais...


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a meditar(em)