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Anjo a lêr Anjo a lêr
Overdoses de Amor na Cidade, no campo em qualquer lugar, onde duas almas se encontrem. Neste mundo em que muito se fala e pouco se pratica, mais um "desalinhado" do sistema abre um local onde se possa falar do que mais faz falta neste mundo: O Amor.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Sexo, mentiras e vídeo... 

Se existe uma coisa que pessoalmente odeio é a mentira.
Outra que verdadeiramente abomino é o roubar o trabalho dos outros.

Estas duas singelas frases servem de mote não à meditação de ideias de hoje mas, infelizmente à realidade dos factos que se vivem neste país á beira-mar plantado.

“Sexo, mentiras e vídeo” é uma ficção cada vez mais tornada realidade e por mais incrível que pareça, cada vez mais praticada por aqueles que TEÓRICAMENTE deveriam ser os bons exemplos para a nação.

Antigamente era sobre o Rei e a Igreja que se concentrava o exemplo (ou não) do que deveria ser a moral e a idoneidade de uma nação.
Com o florescer da Republica essa responsabilidade caiu sobre os seus representantes: os políticos.
Ora, como sempre e desde sempre, a corrupção, a mentira e a troca de influencias sempre deflagraram por todos os locais onde se possa existir um cheirinho a poder...
Como não podia deixar de ser, no nosso país de brandos costumes, o mesmo acontece e infelizmente à medida que o tempo passa aumenta cada vez mais...
Bom, sabes tu e sei eu, pois não é conversa nova, mas já lá chegamos...
Que a nossa classe política nos últimos anos se tem tornado cada vez mais podre e descarada, lá isso é verdade!
Mas felizmente existem excepções!
Vou vos contar o caso da minha freguesia (S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, distrito de Lisboa), porque é um caso real e como eu lá vivo à 37 anos desde que nasci (em Lisboa), certamente conheço as suas realidades e a sua evolução ao longo dos tempos...
Durante muito tempo a minha freguesia foi uma terra de ninguém, um magnifico reduto da CDU até ao dia que um dado homem tomou os destinos da mesma freguesia: o Manuel Mendes. Militante e político do PS, foi uma pessoa que raro de encontrar no seu meio (político), prometeu e... cumpriu!
Pouco a pouco, ora com ventos a favor (quando Cascais era PS) ora com bons ventos contra (quando o PSD estava em Cascais), lá mudou a face de toda a freguesia.
E o trabalho não foi pouco, pois a minha irmã que estava nos EUA a alguns anos, quando veio ao funeral do meu pai (à cerca de 3 anos), não reconheceu a terra onde nasceu e viveu mais de 20 anos...

Não posso deixar de dar louvores a este homem simples, o Manuel Mendes, que sempre disposto a ouvir os seus fregueses (dai vem o termo de freguesia), qualquer dia da semana, com todos se preocupa por igual e é o primeiro a mostrar na linha da frente que se trabalha e não se manda trabalhar.

Tive o prazer de o conhecer à vários anos e até hoje não me desiludiu, mas adiante...

Nas últimas autarticas, com a vontade do povo de mudar de um governo PS para um PSD, das freguesias do concelho de Cascais, a que se aguentou por uma unha negra com o PS foi S. Domingos de Rana.
Foi uma facada nas costas de uma pessoa que sempre deu o corpo pela terra onde vive.
Mas acham que desistiu?
Não, continuou de mangas arregaçadas, aceitou a vontade do povo e continuou a trabalhar.
E assim continuou nestes últimos quatro anos.
Nessa altura fui ver a tomada de posse das forças políticas da junta de freguesia e via os bem engravatados PSD e CDS, que apesar de não serem maioria, estavam lá todos à procura de um tacho, pois havia quem se tivesse despedido para ir ganhar o ordenado oficial de vereadores da junta. Mas como bons políticos que são não conhecem a tradição da junta... é que o único que ganha ordenado é o Presidente da junta (pois esta a tempo inteiro) e os ordenados dos vereadores é aplicadinho nas obras da junta... lá se foi o tacho! O que eu me ri...
Passado um ano ou dois perguntei a um amigo e político como andavam as reuniões municipais da junta (são semanais e abertas ao povo) e como andavam os vereadores (do PSD e CDS)elegidos pelo povo, ele me respondeu: “Nunca mais lá apareceram...”

Apesar da camera de Cascais (PSD) estar falida, as obras da junta lá foram prosseguindo, pouco a pouco e ao sabor da crise que o último governo nos ofertou... mas não pararam.
Ganhamos um Biblioteca municipal, selagem do aterro da lixeira de Trajouce e por ai adiante...

Mas fora “a conversa política”, chegamos ao primeiro âmago da questão: se um vereador é elegido pelo povo para cumprir uma dada missão, È PARA CUMPRIR NA SUA PLENITUDE E NÃO EM BUSCA DO ORDENADO DE UM NOVO TACHO!

Sim, foi a gritar, pois a gritar se liberta a alma...

Mas os acontecimentos não param por aqui.
Estamos em campanha eleitoral e como tal gosto de ver o que as diversas forças políticas nos presenteiam.

Ontem foi a vez da coligação PSD/CDS “Viva Cascais” deixar o seu panfleto eleitoral na minha caixa postal.

A tensão... O TERROR.. A VERGONHA DE SER PORTUGUÊS... se apoderaram de mim ao ler o panfleto desses senhores...
Resumindo: os Srs. António Capucho, António Pires de Lima e Fernando Mesquita TOMAM POSSE COMO SENDO SEU de todo o trabalho efectuado durante estes últimos QUATRO anos pelo Manuel Mendes!!!!!

Não aparecem, dificultam a vida e as obras e depois de o trabalho estar feito... DIZEM QUE É DELES?!??!?!?!??!?!?

Digo-vos... se não visse NÃO ACREDITAVA!!!!!

Ao ponto que isto chegou!
Onde chega a sede de poder destes abutres...

Caro munícipe e vizinho Manuel Mendes, nem que eu esteja chateado com o partido a que pertences, só pelas provas que já deste em termos de dedicação e trabalho, vou votar de novo em ti.

Quanto aos outros três senhores: roubar é crime. Tomar posse do que não se fez maior crime é. Não tendes vergonha? É essa a vossa ideologia? São essas as promessas que fazeis?
Votar em vocês?...

“Ide trabalhar malandros!...”

Era bom que o povo soubesse abrir os olhos e não se afogar no imediatismo que abutres como estes fazem.
É por isso que este país anda como está: ninguém pára para pensar, ninguém olha com olhos de ver e todos gostam de modas... mas quando as modas ganham, o Zé Povinho aperta mais um pouco o cinto...

Não foi assim que se perdeu as riquezas obtidas pelas descobertas?...
A história repete-se e já ouço pelas esquinas algo que ainda me escandaliza mas que me deixa a pensar, o regresso de um Salazar, comparado com o desejo do retorno de D. Sebastião.

Mas sempre afinal quem é que abriu as portas do Júlio de Matos e permitiu que os loucos exercessem política?...


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