Overdoses de Amor na Cidade, no campo em qualquer lugar, onde duas almas se encontrem. Neste mundo em que muito se fala e pouco se pratica, mais um "desalinhado" do sistema abre um local onde se possa falar do que mais faz falta neste mundo: O Amor.
quinta-feira, setembro 08, 2005
Apita o comboio...
Hoje em dia a lei básica assumida por tudo o que se mexe e se diz intel&gente é a do “Apita o comboio...”. Ora senão vejamos... Apita o comboio da moda, lá vai tudo se vestir à moda com os últimos apetrechos, dispendiosos e tão bem manufacturados que nem algum prémio ganhariam num concurso de trabalhos manuais de alunos da 2ª classe. Apita o comboio de que uma criança morre de maus tratos, lá vem no dia a seguir todos os jornais e departamentos de noticias a imitar o jornal “O Crime” com a colectânea de todas as crianças maltratadas, abusadas, etc., com a adição de estudos interessantíssimos do género “A mortalidade infantil decresceu em Portugal”. Já parece que se quer justificar que nem tudo é tão mau como se parece ou que ditou-se ontem que apartir de agora é que existem crianças maltratadas e abusadas...
Ainda hoje alguém me perguntava: “Quando recomeça o julgamento da Casa Pia?”, a minha resposta foi mais que pronta: “Quando aparecer outro escândalo no Governo.”
Pois é. Aqui neste doce país à beira-mar plantado só se faz alguma coisa ao compasso dos escândalos... senão vejamos: - Arde o país todo, vai-se criar uma prevenção anual e comprar meios aéreos e afins; - Não existem médicos, toca a contratar estrangeiros; - Morre uma criança por maus tratos, ai vêm as listas negras, os relatórios e afins... Querem mais? Não será que isto não para? Não se sabe o que é precaver... está mais que visto! Sempre afinal é mais interessante organizar grandes repastos e festas inacessíveis aos cidadãos de média e baixa categoria que pensar no Zé Povinho que anda a alimentar esta corja de abutres! Sempre afinal... para que queremos grandes planos de prevenções se vão usar o terrenos queimados para novas habitações e o que resta por arder já quase não existe? Porque não baixam o raio das médias de Medicina ou simplesmente chumbam os finalistas devido a algum prazer mórbido de um catedrático cuja a cultura se apenas resume ao tribalismo existencial e cujo os juramentos que fez não passam de fariseismos baratos? Depois admiram-se que as empresas andem a falir, que o país ande de tanga e continuemos a descer na tabela dos países mais pobres da Europa? Então todos essa corja que se diz doutorada e tem os mais importantes cargos de direcção e gestão (sem falar nos milionários ordenados que recebe) nos mete cada vez mais pobres e nos vende ao retalho por quem der mais... e querem que continuemos a acreditar neles e ainda por cima mais regalias? Cá por mim deviam pôr este slogan turístico nos aeroportos: “Pais em leilão, leve o que quiser e com ajudas de custo a fundo perdido pelo lance mais alto.”. Parece estúpido? Não é! Se eu por exemplo registar uma empresa num dos paraísos fiscais de nuestros hermanos ou mesmo abrir lá uma empresa e depois vier ao nosso amado país abrir uma filial cá, sou repleto por deliciosos investimentos a fundo perdido, MAS se registar cá e pretender cá abrir um localzinho de negócio sou imediatamente afundado e preso a tanta divida que em vez de trabalhar para enriquecer, trabalho para alimentar os luxos governamentais e a “curar” o défice politico... Existe compreensão nisto? “Abram empresas! Mas depois paguem (milionáriamente) por conta dos lucros que ainda não tiveram e que nós imaginamos que vocês terão (e que nunca irão ter)!”, este é o verdadeiro slogan oculto das nossas finanças... Apropriado não acham? Sim estamos mal, com défices e falta de dinheiro... ups!???!?!?!? Falta de dinheiro? Mas falta de dinheiro em quem e porque? Com que atitude moral vem estes nossos queridos, amados (é melhor eu não dizer como e por quem...) obter chorudas reformas, receber mais que um ordenado (milionário) e depois dizer que o Zé Povinho é que paga a conta e o seu sustento?
O nosso passarinho Barrosinho conseguiu inventar uma bem boa (para os bolsos dos seus amigos) antes de fugir para a Presidência da Europa (Deus nos valha...), um maravilhoso imposto (andam a aprender com o Brasil em que só falta cobrar pelos peidos que se dá), chamado de “Taxa de transmissão”. Ou seja, tudo o que usa ligações de telecomunicações fixas (telefone, Internet, etc.) passa a pagar uma taxa municipal aplicada (veja, bem isto) ao TOTAL cobrado pelos satélites da mamãe TELECOM. Ou seja, a malta até poupa nas ligações porque a vida está cara, temos as telecomunicações mais caras da Europa (quiçá do mundo) e toca a roubar mais um bocado ao Zé Povinho!!!! No final podemos até cantar assim: “Cobra, cobra, cobra ó meu amor, pois o Ferrari que compraste ontem já está gastadinho e precisas de um novo para ires passear as meninas (ups, meninos) que tanto amas...”.
Já me dizia um conhecido este último fim de semana: “Estamos piores que no tempo do Salazar, pois nesse tempo não podíamos falar MAS éramos ouvidos, enquanto agora podemos falar MAS não somos escutados...”.