Overdoses de Amor na Cidade, no campo em qualquer lugar, onde duas almas se encontrem. Neste mundo em que muito se fala e pouco se pratica, mais um "desalinhado" do sistema abre um local onde se possa falar do que mais faz falta neste mundo: O Amor.
domingo, novembro 07, 2004
Poema
A nossa casa...
Como parte de um caminho em comum
Tropeço nas horas de voltar pra casa.
Sou anfitriã desta estrada poeirenta
Onde no chão desparecem as marcas
Deixadas pelos meus passos sem fim.
Não me imagino a viver longe de casa
A "nossa" casa...
Penso em qual seria o efeito do teu passo
E, a sensação de insegurança , não me agrada.
De um salto recuso a decisão que possa chegar.
...
Como brilham os teus olhos,
Nesse teu rosto ensopado do suor da vida.
Trazes contigo a preguiça da liberdade
E, emanas o perfume de horas de tabaco.
As tuas mãos de tantos amores dançam
Com a beleza que a tua alma lhes empresta.
Caminhas devagar, na ânsia de abraçar á pressa a vida.
Antecipo em silêncio o momento da resposta
E, com um sorriso atalho o impulso de a tentar saber,
Com a esperança de encontrar nas tuas feições,
O conforto que me separa do imaginário do real.
Ironia esta minha alegria de viver e,
Que te dá a força animica para vencer.
Em mim encontras a libertação do hoje
E, no entanto recusas o futuro,
Aquele que se desconhece...
Silenciosamente, afasto-me, como que protegida
Pelo tempo que não tem consciência de que passou.
Vou regressar a casa, á "nossa" casa,
Onde vivem os meus espíritos e a saudade
Na tentativa de transformar o sonho em razão
Tentando ignorar a voz que se torna muda,
Nesta partilha tão serena que foi a nossa vida.
Tribo
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