Ando para falar neste tema à varios dias, mas infelizmente não tenho tido muito tempo...
Como este é um assunto dá pano para mangas, apenas posso meditar sobre alguns valores que queria partilhar.

Existiu um tempo em que escutava tudo e todos. É da minha essencia, gosto de ajudar, mas escutar nem sempre é ajudar o outro.
Parece contraditório, mas não é. Quem fala precisa de desabafar e é bom que o faça, pois o ajuda a libertar a alma, mas também precisa de entender que ao escutar o seu próprio desabafo deve encontrar respostas aos seus problemas. Mas nem sempre isso acontece. Repete-se sempre a mesma "cassete", mas o problema fica lá. Parece ser um problema dos outros até ao momento que o descobrimos em nós mesmos.
Sim, nem sempre a vida me foi facil. E existiu tempos em que nalguns assuntos lamentar era o meu destino... passar dias e noites na busca do porquê e sem respostas... até que um dia acordei e disse BASTA!
Noutros assuntos foi quando quem me escutava disse: "BASTA, só não mudas porque não queres!"
Ao principio esse "tiro" me chocou! Eu pedia ajuda e ainda por cima a culpa era minha?... bom fiquei a meditar sobre o assunto...

Entretanto a vida foi dando voltas.

Como gostava de escutar a todos escutava e aconcelhava, mas raramente desabafava... aprendi a controlar as minhas dores... tinha dado o BASTA!
Mas escutar sempre os outros tem o seu preço... sempe qualquer coisa da sua energia negativa entra em nós e nos corroi... e é necessario tempo para a iliminarmos.
Ai aconteceu a desgraça o meu Pai faleceu...
Era eu quem precisava de repente de apoio dos que tinha ajudado e escutado, mas... so alguns, poucos muito poucos me escutaram.
Achei estranho. Numa amizaqde devia existir partilha bidirecional e não unidirecional. Então entendi. Existem pessoas em que o seu viver é só o lamentar e queixar, mas escutar... mudar... renovar... não existia!
Então fugi de novo do "mundo", precisava de reequilibrar as minhas energias. O lamentar já sabia que nada resolveria. Mas a falta de atenção, que não esperava como obrigação de muitos, mas como amizade sincera e verdadeira, me gelou mais um pouco o coração.
Infelizmente é com os espinhos e facadas dda vida que nos rebustecemos o nosso caracter.
Deixei então de escutar tudo e todos... ou seja aprendi a diferenciar dos que realmente precisam e daqueles que fazem do lamento modo de vida como viúvas carpideiras...
Foi duro. É sempre duro quando se aprende mais um bocado da dificil que já é a realidade... mas sobrevivi.
Agora busco o caminho e a vida.
Por vezes o caminho da vida me encoraja, noutros momentos me apetece desistir de tudo...
Mas continuo a "lutar", à minha maneira que decerto é igual a de tantos outros.

Mas o evoluirmos na vida levanos a que o que era antigamente um "choque", agora seja um "absurdo".
Nesses "absurdos" existe um que me "irrita profundamente": o de nos escravizarmos à vontade do outro com o "medo" de o ofendermos se apresentarmos o nosso estado de espirito...

As pessoas por vezes esperam das outras aquilo que delas conhecem, ou seja, se uma pessoa é normalmente "mil sorrisos" que o seja sempre e nunca tenha momentos "down". Esquecem que o outro também é humano... e tem dias.

Custame quando alguém que já tem problemas mais que suficientes e esta sem paciencia para escutar outro alguém, tenha que inventar jogos e mentirinhas de modo a não ofender a outra pessoa e assim fugir à escuta...
As pessoas esquecem que a nossa liberdade termina quando começa a dos outros. À que saber os respeitar também, e que um amigo que escuta não é sempre uma maquina disponivel à sua disposição...

Temos que ser francos. A outra pessoa não deve nem pode se ofender com a nossa franquenza de dizermos: hoje não posso! O verdadeiro amigo respeita o silencio do seu amigo. Se ficar ofendida, essa pessoa não é nossa amiga, mas sim uma pessoa escravizadora de atenções.

Temos que ser francos e verdadeiros com o que queremos, pensamos e sentimos... mas temos medo de ofender. Quem se ofende decerto não merece o nosso tempo... que busque outra vitima, ou então CRESÇA!



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